quarta-feira, 14 de março de 2012

Pontapé inicial da batalha que derrotou Teixeira foi o pedido de CPI



Por Anthony Garotinho


Quando no dia 3 de março do ano passado dei início à coleta de assinaturas para a instalação da CPI da CBF, muitos colegas me tentaram convencer a desistir. Apesar de todas as pressões consegui 141 assinaturas das 171 necessárias.  Mas infelizmente muitos deputados atendendo a Ricardo Teixeira acabaram retirando suas assinaturas esvaziando a CPI. Cheguei a cobrar os deputados que retiraram a assinatura na tribuna da Câmara.

Ricardo Teixeira foi à Câmara onde distribuiu camisas da seleção autografadas e ingressos, prometeu amistosos do Brasil em cidades de alguns deputados e foi recebido até com toda a pompa pelo presidente Marco Maia (PT – RS). Conseguiram impedir a CPI, mas eu obtive uma vitória ao aprovar na Comissão de Fiscalização e Controle, uma PFC (Proposta de Fiscalização e Controle) para apurar os desvios na entidade.

Foi uma luta árdua com a “bancada da bola”, a mando de Teixeira, tentando de todas as formas blindá-lo. No meio do caminho surgiram as denúncias da BBC de Londres sobre os casos de corrupção internacional em que o agora ex-dirigente da CBF está envolvido e isso ainda agravou mais sua situação.

A renúncia de Teixeira mais do que mostrar que ninguém é invencível eternamente, tem para mim um sabor especial, afinal eu dei o pontapé inicial a essa batalha final que terminou com a derrota do ex-capo da CBF.

Mas quem ficou em situação constrangedora foram os parlamentares que assinaram a CPI da CBF e depois sob as mais diversas e implausíveis alegações, sob pressão, retiraram suas assinaturas do pedido de CPI. Gostaria de saber o que hoje têm a dizer os deputados que cederam à pressão de Ricardo Teixeira.

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