segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Parkinson: pesquisas nos EUA abrem novas possibilidades de tratamento e cura




Duas pesquisas realizadas em universidades americanas abrem novas perspectivas de tratamento, e até de cura, do Mal de Parkinson, que vem crescendo no mundo inteiro, devido ao envelhecimento da população. A desordem degenerativa causa tremores e rigidez e lentidão de movimentos, entre outros problemas. Na Universidade de Búfalo, cientistas descobriram como mutações no gene parkin (associado à regulação do metabolismo e à geração de energia nos neurônios) causam a doença, em vez de proteger contra ela. E, no Alabama, pesquisadores aprofundaram seus conhecimentos a respeito do gene VPS41, outro que, se modificado, pode provocá-la.

O estudo da Universidade de Búfalo, divulgado pela revista “Nature Communications”, foi o primeiro sobre como os neurônios humanos são afetados pelo gene parkin, e podem levar ao surgimento de drogas eficazes contra a doença, bem como ao desenvolvimento de uma plataforma de triagem (uma forma de identificar geneticamente que indivíduos poderão tê-la) e de novos tratamentos, em que se poderia reproduzir as funções protetoras do gene parkin.

No trabalho, os pesquisadores superaram um grande empecilho na pesquisa do Mal de Parkinson e das doenças neurológicas em geral: puderam observar como é sua manifestação nos neurônios — a principal causa desta desordem é a morte acima do normal dos neurônios produtores do hormônio dopamina.

Até poucos anos atrás, segundo Jian Feng, PhD, professor de fisiologia e biofísica na Escola de Ciências Médicas e Biomédicas da Universidade de Búfalo e principal autor do trabalho, era impensável fazer isso, porque os neurônios fazem parte de uma rede complexa no cérebro, e realizar estudos invasivos poderia acabar por danificá-la. Também não adiantaria usar modelos animais, já que, ao que tudo indica, os neurônios humanos tem “vulnerabilidades únicas”.

Fonte: O Globo

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