sexta-feira, 15 de junho de 2012

MPF começa a investigar suposta queima de corpos em usina de Campos


Ministério Público Federal (MPF) em Campos (RJ), na região conhecida como Norte Fluminense, abriu investigação para apurar a informação de que pelo menos dez corpos foram incinerados na usina de Cambaíba durante a ditadura. Está previsto para a semana que vem o depoimento de um ex-funcionário da usina, citado no livro “Memórias de uma Guerra Suja”, que traz declarações do ex-delegado do Dops Cláudio Guerra.

O procurador da República Eduardo Santos de Oliveira observa que o livro é tratado apenas como referência, mas, ao conhecer o ex-agente, disse que ele respondeu “todas as perguntas com muita firmeza e riqueza de informações”.

Em 28 e 29 de maio, Eduardo e mais três procuradores ouviram Guerra durante mais de oito horas na sede do MPF no Espírito Santo. “Agora vamos começar efetivamente algumas oitivas, para ter um cenário mais concreto”, diz o procurador, que no início do mês fez uma recomendação à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República no sentido de demarcar e proteger a área na usina de Cambaíba, hoje abandonada. A intenção é fazer uma perícia no local. Também se pretende ouvir as pessoas citadas no livro. O procurador disse ter “profunda preocupação com a integridade física” de Guerra devido às declarações do ex-delegado.

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