quarta-feira, 25 de abril de 2012

Último testamento de Pinochet é revelado no Chile



Depois de muita especulação sobre a última mudança feita no testamento do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, o governo anunciou que a única modificação era referente sobre o executor, ou seja, aquele que deveria cuidar de seu patrimônio depois de sua morte. A abertura ao público do documento causou revolta entre familiares do ex-presidente. Em entrevista, sua filha mais velha, Lucia, chegou a chamar a medida de “perseguição política”.

Em 2005, um ano antes de morrer, Pinochet chamou três pessoas à sua casa, no exclusivo bairro de La Dehesa, em Santiago: os amigos da família Jorge Aguilera e Carmen Carmona, e o notário Eduardo Avello. O que aconteceu naquele dia passou a ser de conhecimento de todo o Chile na última terça-feira: o ex-presidente, que já era questionado nos tribunais sobre a origem de sua fortuna, modificou pela última vez seu testamento, segundo informou o jornal “El Mercurio”.

O documento, que até agora tinha permanecido em segredo, foi aberto na sede do Terceiro Tribunal Civil de Santiago. Nem a viúva, nem nenhum dos cinco filhos de Pinochet chegou ao local — só as três testemunhas que estavam com ele há sete anos.

No testamento, Pinochet pediu que seus bens fossem administrados pela advogada Julia Hormazábal, até então a função caberia a Oscar Aitken, que havia sido processado por ajudar a esconder o dinheiro que o ex-ditador guardara no exterior sob pseudônimos. Agora, a Justiça quer analisar o documento escrito pelo ex-ditador em 2000 para saber detalhes sobre a repartição de bens do militar, cuja fortuna é estimada em US$ 26 milhões.


 

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