sexta-feira, 2 de março de 2012

Justiça impede início da operação de Hidrelétrica no Paraíba do Sul



Com base em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF ) e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ ), o Juízo da 1ª Vara Federal de Três Rios determinou, nesta quarta-feira (29/02), que a empresa Furnas Centrais Elétricas não inicie a operação da Hidrelétrica de Simplício, em Sapucaia, distrito de Anta (MG), com o enchimento do reservatório de Anta, distrito do município.

O enchimento do reservatório estava previsto para as 16h de quarta, depois de Furnas ter obtido a Licença de Operação junto ao IBAMA, um dia antes. Apesar de emitida a licença, a empresa não concluiu as obras de implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, condicionantes para a realização do empreendimento.

De acordo com estudos e pareceres elaborados pelo Grupo de Atuação Técnica Especializada (GATE) do MPRJ e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), que analisaram o impacto ambiental da intervenção, o início da operação acarretará graves prejuízos ao meio ambiente, à população e à economia local, devido ao redirecionamento de 76% das águas do Rio Paraíba do Sul, por meio de túneis e lagos, para a geração de energia elétrica.

Ainda segundo os estudos, esse redirecionamento provocará poluição e redução da vazão do rio em Sapucaia, no distrito de Anta e em Chiador (MG), localidades que captam água do Paraíba do Sul para abastecimento público e despejo de esgoto. A decisão do Juiz Federal Caio Márcio Gutterres Taranto estabelece o período de 72 horas para Furnas apresentar o cronograma de implantação da hidrelétrica com os prazos, inclusive, de conclusão das obras condicionantes.


Fonte: Site Ururau

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