quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Células-tronco embrionárias ajudam a tratar cegueira



Antes do tratamento, uma artista plástica de 51 anos era completamente cega, incapaz de ler uma letra num teste oftalmológico. Ela sofreu a doença de Stargardt, a forma mais comum de degeneração macular em pacientes mais jovens, desde que era adolescente, e seu quadro foi piorando com o tempo. Uma segunda paciente, de 78 anos, sofria de degeneração macular, a principal causa de cegueira na velhice, e não era capaz de enxergar bem nem para fazer compras sozinha. Mas depois de tratadas com células-tronco doadas de embrião humano, as duas mulheres melhoraram consideravelmente, afirmaram pesquisadores.


Células-tronco são células mestras que podem se diferenciar em qualquer um dos 200 tipos de células do corpo humano. Seus resultados são os primeiros relatados do uso médico das células-tronco retiradas de embriões humanos, tornando-os referências para refletir se a controversa técnica algum dia terá espaço para uso terapêutico generalizado.


Em um trabalho publicado online na "Lancet" na última segunda-feira, médicos da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e cientistas da empresa Advanced Cell Technology (ACT) relatam que as primeiras duas pacientes no ensaio clínico não sofreram nenhum efeito adverso de saúde em decorrência do tratamento e parecem ter obtido benefícios.


Uma semana depois de ter células derivadas de um embrião de alguns dias de vida injetadas em seu olho, a artista era capaz de fazer contas com os dedos, e depois de um mês ela conseguia ler as primeiras cinco letras de um teste oftalmológico. Ela consegue ver mais cores e contraste, começou a usar um computador, e, pela primeira vez em anos, pôde ver a hora em seu relógio e uma agulha. A paciente com degeneração macular recentemente foi ao shopping pela primeira vez em muito tempo.



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