O
plenário do Senado acabou de aprovar em votação simbólica o projeto substitutivo
do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), redistribuindo os royalties do petróleo.
Acordos negociados durante todo o dia, permitiram que o governo impusesse uma
grande derrota ao Rio e ao Espírito Santo, e também retirasse todos os
penduricalhos para recompor alguns pontos considerados essenciais. O governo
cobrou que a Petrobras fosse a única operadora e que a União retomasse o
percentual de 22% no sistema de partilha. Foi suprimido, por exemplo, o artigo
que vinculava a destinação de parte dos recursos dos royalties para a área da
defesa.
Aprovado no Senado, o projeto irá para a Câmara, onde o líder do governo na
Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que só será votado em 30 dias.
Para Jucá, a simples aprovação no Senado já acaba com o temor de votação do veto
à emenda Ibsen.
O substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) propõe a redivisão total
das receitas, incluindo aquelas obtidas nas áreas já licitadas. As perdas para
os cofres fluminense e capixaba são estimadas em R$ 4,3 bilhões somente em 2012,
chegando a R$ 6,7 bilhões sete anos depois.
Senadores do Rio de Janeiro e Espírito Santo fizeram discursos criticando a
proposta de mudança das regras dos royalties. O mais inflamado foi o líder do PR
no Senado, Magno Malta (ES). "O nosso caminho é o Supremo (Supremo Tribunal Federal). O que vocês estão
fazendo não é honesto. Por que não taxar as petroleiras? Presidente Dilma, que
ganância "arretada" é essa?", disse Magno Malta.
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