segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Comunidade médica americana reage a declaração de Michele Bachmann sobre vacina contra HPV

Não importa o quanto a comunidade médica repudie a sugestão da pré-candidata do partido Republicano à Presidência dos EUA Michele Bachmann de que a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é perigosa, os médicos americanos temem que estrago já esteja feito.

Os comentários da candidata só vão piorar um crescente e infundado medo sobre toda uma classe de imunizações comuns contra doenças. "Há pessoas lá fora que, por causa deste tipo de informação errada, não vão proteger suas filhas", disse Kenneth Alexander, pediatra especialista em doenças infecciosas do Centro Médico da Universidade de Chicago. Como consequência, haverá mais pessoas morrendo de câncer do colo do útero.

Mary Anne Jackson, especialista em doenças infecciosas do Children's Mercy Hospital & Clinics, em Missouri, disse que os médicos já estão se esforçando para convencer os pais a imunizar as meninas contra o HPV, um vírus sexualmente transmissível:  "Haverá repercussões deste comentário que vão impactar diretamente todos os responsáveis por meninas e adolescentes".

Michele primeiro levantou a questão durante um debate presidencial republicano na segunda-feira, como um ataque ao rival republicano e governador do Texas, Rick Perry , que baixou um decreto determinando que meninas fossem vacinadas contra o vírus sexualmente transmissível que causa câncer de colo do útero.

No dia seguinte, Michele contou uma história num programa de TV sobre uma mulher de Tampa, na Flórida, que a abordou depois do debate e disse que sua filha ficou "mentalmente retardada" depois de se vacinar com Gardasil.

Como medida da sua incredulidade, dois bioeticistas estão oferecendo recompensas, um de mais de US$ 10 mil, se Michele levar a público a criança que sofreu de retardo. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, apenas 32% das adolescentes tomaram todas as três doses da vacina contra HPV no último ano nos Estados Unidos.

Fonte: Reuters

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