segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pesquisadores no Rio explicam como o corpo lida com estresse



Quando numa situação de crise uma pessoa tenta acalmá-lo e você se sente mais aliviado, não são as palavras amigas que lhe confortam, mas seu sistema nervoso autônomo (SNA) que reage à liberação de oxitocina, fazendo o corpo se acalmar. Essa nova abordagem neurofisiológica do trauma humano tem sido estudada por cientistas em todo o mundo e três dos mais conhecidos deles se reúnem pela primeira vez este fim de semana, em evento no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo, onde discutem as novidades no assunto.

Um dos objetivos da visita de Peter Levine, Stephen Porges e Sue Carter ao Brasil é preparar profissionais das áreas de saúde e educação para lidar com pessoas em situações de muito estresse e evitar o desenvolvimento de traumas.

A abordagem — eles dizem — deve ser a mais afetuosa possível, transmitindo confiança, seja com uma criança assustada após um tombo na escola, seja num atendimento de emergência após um acidente de carro, por exemplo. Isso porque estudos recentes realizados em parceria por Porges, neurocientista, e Sue Carter, neuroendocrinologista pioneira em estudos sobre o hormônio oxitocina, mostram que o nervo vagal, integrante no SNA, pode estar conectado à rede de receptores para a oxitocina, um neurotransmissor relacionado à confiança, à afetividade, ao amor, à amizade e aos laços maternais. Pessoas com alta ativação dessa região cerebral tenderiam a ser mais afetuosas, generosas e altruístas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário