domingo, 13 de maio de 2012

Mãe, na sua graça, é eternidade!





Os brasileiros comemoram o Dia das Mães no segundo domingo de maio. Esse dia nasceu quando uma jovem norte americana perdeu sua mãe e assim entrou em depressão profunda. Sabendo disso, algumas amigas preocupadas e querendo ajudar, organizaram uma festa em homenagem a mãe falecida, mas também estendendo a homenagem a todas as mães, inclusive as mortas. Assim a idéia foi aceita e em 1914 a data foi oficializada para o dia 9 de maio.

No Brasil, a data em que hoje é dedicada às mães foi oficializada pelo presidente Getúlio Vargas, no ano de 1932. Em Portugal, o dia em homenagem as mães, é o primeiro domingo de maio, já em Israel ela não é comemorada, porém existe o dia em que se homenageia a família no mês de fevereiro.




Na verdade, como diz o poeta, todos os dias é dia das mães, não é?! Por isso, deixo aqui a minha homenagem, através das palavras de Carlos Drummond de Andrade (veja o vídeo, com narração do próprio Drummond), revelando meu desejo de que todas as mães sejam eternas e, ao mesmo tempo, agradecendo a Deus o tempo que Ele nos permite/permitiu viver ao lado daquela que Ele escolheu para cuidar de nós e ser fonte do Seu amor aqui na Terra.






Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.

Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.



Carlos Drummond de Andrade

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