sexta-feira, 6 de abril de 2012

Alternativa às sacolinhas, ecobag contém bactérias e fungos



Bactérias e fungos podem pegar carona, junto com as compras do mês, nas sacolas retornáveis usadas para transportar as compras de supermercado.  Um teste encomendado ao laboratório de análises biológicas SFDK, em São Paulo, obteve a contagem de micro-organismos e, entre eles, bolores, coliformes e salmonela, em cem sacolas de consumidores de São Paulo. Eles foram contatados pelo Datafolha, que pediu a cada um a sacola mais usada para transportar as compras.

Segundo Mario Killner, especialista em análises microbiológicas e responsável técnico pelo laboratório, todas as sacolas, que chegaram ao laboratório lacradas em embalagens plásticas, foram abertas e manuseadas em câmaras de fluxo laminar, sistema de controle de ar que evita a entrada de contaminantes externos.

Uma gaze embebida em um líquido especial foi passada na superfície interna de cada uma, para que os micro-organismos presentes fossem capturados para a análise.  Amostras do material retirado das ecobags foram transferidas para meios de cultura. Os micróbios formaram colônias, que foram contadas para determinar a concentração em cada sacola.

O processo revelou que a maioria delas (88 das 100) tinha micro-organismos capazes de formar colônias e algumas tinham grande concentração deles. Em quatro delas, a metade da superfície interna analisada tinha mais de 1 milhão de micróbios.  Killner diz que esses números elevados são sinal de que as ecobags podem conter bactérias que causam doenças. A contagem de coliformes totais, achados em sete das sacolas, também as causam.



Fonte: Folha de São Paulo

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