Os enfermeiros que confessaram ter assassinado pelo
menos 16 pacientes aproveitavam emergências nos hospitais para obter as drogas
que depois usariam para cometer seus crimes, revelaram nesta terça-feira (20)
autoridades sanitárias do Uruguai.
O vice-ministro de Saúde Pública, Leonel Briozzo, explicou em coletiva de imprensa que em todos os centros de saúde do país existem registros e fiscalizações do uso de medicamentos para cada paciente.
Mas "em casos de emergência - bastante comuns em um centro de cuidados intensivos -, como uma parada cardiorrespiratória ou uma grande hemorragia- são estabelecidas medidas imediatas de reanimação e o controle fica de lado, frente à importância de medicar imediatamente para salvar vidas", acrescentou.
"Essas lacunas nas quais a atenção à saúde prevalece sobre o controle (...) eram lacunas que estes criminosos, com a intenção de prejudicar, aproveitavam para se apossarem delas (das drogas), segundo disse o juiz, para guardá-las e utilizá-las depois nos procedimentos de assassinato que cometiam", revelou.
Segundo Briozzo, a fiscalização "em termos genéricos, da medicação dada não falhou. O que falhou de alguma forma foi que havia pessoas que, em vez de estar reanimando gente, estavam especulando como roubar medicamentos para guardá-los e depois causar a morte de outras pessoas", enfatizou.
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