segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Para adolescentes, só dieta e exercício não bastam para emagrecer




A fórmula do déficit energético para emagrecer, ou seja, queimar mais calorias do que se consome, pode não ser tão simples quanto parece quando se trata de adolescentes. Mais do que colocá-los para fazer exercícios físicos e controlar a alimentação, mostram estudos recentes, um acompanhamento médico multidisciplinar, que envolva especialistas de áreas como psicologia, nutrição e endocrinologia, é o mais eficiente para tratar sobrepeso e obesidade. E o envolvimento dos pais é fundamental.

Um trabalho publicado recentemente na revista “Pediatrics” e realizado pelo Centro para Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente, pertencente a uma organização sem fins lucrativos nos Estados Unidos, acompanhou 208 meninas com idade entre 12 e 17 anos por seis meses.

Durante este período, as adolescentes obesas ou com sobrepeso participaram de reuniões semanais com colegas na mesma situação, foram acompanhadas por médicos e psicólogos e incentivadas a praticar exercícios físicos, mantendo um diário do que comiam e de suas atividades. Os pais também foram orientados pelos especialistas, para aprenderem a incentivar as meninas.

O programa foi um dos poucos a focar na redução de peso em adolescentes, já que o grupo que mais costuma receber atenção são as crianças. Ele preconizava a diminuição do tamanho das porções, o limite do consumo de alimentos ricos em energia, o estabelecimento de padrões de refeições regulares, a substituição de bebidas açucaradas por água e o aumento do consumo de frutas e vegetais e das refeições feitas em família.

As meninas foram estimuladas a se exercitar pelo menos cinco dias por semana, e a limitar o tempo em frente à TV a duas horas diárias. Elas também receberam aulas de ioga e um jogo de videogame que estimulava a atividade física. Além da redução do Índice de Massa Corporal (IMC) em dois pontos percentuais, as pacientes melhoraram sua autoestima, passaram a ingerir menos comidas gordurosas e passaram a comer mais vezes em família.


Fonte: O Globo

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