sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Novo método poderá prever quem terá a forma letal da dengue




Pesquisadores da Universidade do Texas desenvolveram o primeiro modelo eficaz para diferenciar a dengue de sua forma mais severa, a dengue hemorrágica, e prever quem poderá desenvolvê-la. O método, que pode reduzir drasticamente o número de mortes pela doença e levar a um tratamento personalizado, foi divulgada nas publicações especializadas “The American Jornal of Tropical Medicine and Hygiene” e “Clinical and Translational Science”.

Aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas — mais de 40% da população mundial — estão sob a ameaça de contrair dengue, principalmente nas regiões tropicais e subtropicais. Cerca de 500 mil pessoas são hospitalizadas por causa da doença todos os anos, entre elas, um grande número de crianças, e cerca de 12.500 delas morrem. Nas Américas, ela vem crescendo — foram 1,6 milhão de casos em 2010 — devido à crescente urbanização, ao aumento do tráfego internacional de passageiros e à redução da utilização do pesticida DDT. No Brasil, foram cerca de 106 mil casos em 2011.

— Sabemos há muito tempo que a dengue tem muitas manifestações, da forma assintomática ou semelhante a uma gripe até a que representa risco de vida. Se pudermos descobrir antecipadamente a suscetibilidade de um paciente à forma que leva à morte, poderemos salvar milhares de vidas — disse o principal autor do estudo, o médico Allan Brasier, que trabalhou com uma equipe multidisciplinar.

Se for possível prever que pacientes poderão ter dengue hemorrágica, terapias preventivas como transfusões de sangue para evitar complicações oriundas de hemorragias e falência de órgãos reduziriam as taxas de mortalidade de 20% para menos de 1%.


Fonte: O Globo

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