Relatório das atividades da coordenação de Oncologia em 2011
A situação da assistência ao paciente oncológico em Campos até o início do Governo da Prefeita Rosinha Garotinho era caótico e ineficiente; não por falta de empenho da SCA, mas sim por falta de interesse político em implementar ações sincrônicas de Saúde Pública direcionada a assistência integral ao paciente oncológico. Em junho de 2009 o vereador Kellinho me procurou para assessorá-lo na elaboração de um projeto humanístico de excelência no atendimento ao paciente Oncológico. Então lhe sugeri a criação de uma Coordenação em Oncologia com liberdade para elaborar esse projeto de forma puramente técnica.
Ao assumir esta Coordenação, assessorado pelo Dr. Carlos Henriques da Silva Paes, constatamos que a situação do atendimento ao paciente Oncológico era de péssima qualidade por falta de cumprimento, por parte dos prestadores de serviço – UNACONs (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia) - às Portarias do Ministério da Saúde; e falta de ações de assistência ao paciente oncológico. E que a situação tinha sido agravada ainda mais com saída do Oncobeda como prestador de serviços de excelência em oncologia aos usuários do SUS (em 2008); devido a falta de interesse político do governo anterior e não repasse dos devidos recursos pelos serviços prestados.
Havia fila de espera para cirurgia, quimioterapia, radioterapia, não realização de exames imprescindíveis para o paciente oncológico e uma “montanha de processos” a serem resolvidos e grandes demanda judiciais. Em julho de 2009 foi então criada a Coordenação de Oncologia por iniciativa da Superintendente de Controle e Avaliação da Secretaria Municipal de Saúde (Dra. Cínthia Ferrini), do vereador Kellinho, do Secretário Municipal de Saúde (Dr. Paulo Hirano) e com total aprovação da Prefeita Rosinha.
A Coordenação de Oncologia procurou identificar os “problemas” da assistência ao paciente Oncológico e a partir de dados consistente elaborou ações estratégicas para viabilizar uma assistência integral ao paciente oncológico através da criação e implantação das seguintes ações:
1. Criação da Câmara Técnica em Oncologia (CTO);
2. Dialogo com os responsáveis pelos UNACONs procurando identificar suas dificuldades no cumprimento das portarias do MS e ajudando a solucioná-las;
3. Inclusão à CTO de profissionais capacitados (que eram subutilizados na rede), destacando as especialidades de: Urologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica (para reconstrução mamária de pacientes operadas de câncer de mama), Dermatologia Oncológica, Proctologista, Onco-ginecologia e Matologista. A inclusão desses profissionais a CTO promoveu um ganho expressivo posto que não existem mais filas para cirurgiasoncológicas e todos os tipos de tratamento, como ocorria na gestão anterior.
4. Agilidade na avaliação e liberação dos processos;
5. Redução de quase 100% nas demandas judiciais;
6. Ampliação e agilidade na liberação dos exames oferecidos pela SMS (é prioridade);
7. Recredenciamento do Oncobeda (IMNE) graças a sua confiança na Coordenação de Oncologia e no Governo atual. (Início do tratamento com Radioterapia, com uma bomba de cobalto nova - iniciada em julho de 2011, o que diminuiu a fila de espera em mais de 90% para radioterapia e menos de 10% de encaminhamento à Itaperuna para tratamento radioterápico. Previsão de funcionamento da Radioterapia com Acelerador Linear de última geração para fevereiro de 2012 (Oncobeda) e nos próximos 12 meses também no Hospital Escola Álvaro Alvim. Os recursos para a compra desse aparelho de radioterapia (acelerador linear) foram conseguidos pelo Deputado Federal Garotinho).
8. Criação do Registro de Vigilância e Combate ao Câncer - em parceria com a Superintendência da Saúde Coletiva / Epidemilogia, programa este pioneiro no Brasil e que será um marco na medicina de Campos pois além de possibilitar o estudo da incidência do câncer e seus fatores de risco, permitirá programar ações integradas para realizar a prevenção e detecção precoce e avaliar a qualidade dos serviços prestados ao usuário (implantado em dezembro de 2011).
Hoje, as queixas que por ventura possam surgir, em relação ao atendimento ao paciente oncológico, não será por falta de qualidade dos serviços oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, mas sim por “desencontros”. Com certeza, isso acontece em menos de 1% dos casos. Existem sim, pacientes com doenças não oncológicas que às vezes insistem em ser tratados nos UNACONs, o que não é possível. Esta nova era na saúde de Campos se deve, com certeza, a vontade política do Governo Rosinha para com saúde pública de excelência e nomeação de gestores altamente capacitados para Secretaria e suas Superintendências.
Prof. Dr. Israel Nunes Alecrin / Dr. Carlos Henriques da Silva Paes
Coordenador da Oncologia / SCA / SMS de Campos dos Goytacazes
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