Policiais militares e bombeiros estão se unindo aos policiais civis para irem
às ruas gritar contra os salários miseráveis que Cabral paga
Eu sei que existem questões específicas que atingem apenas determinadas categorias do serviço público, que é natural que a população de um modo geral não acompanhe detalhadamente, como é o caso da questão salarial de policiais civis, militares e bombeiros que estão se mobilizando para protestar no próximo domingo, às 10h, em frente ao Copacabana Palace e organizando uma greve geral para o dia 10 de fevereiro.
Naturalmente quando posto matérias sobre esse tema sempre aparecem leitores me questionando sobre o que eu fiz nessa área quando era governador e outros que simplesmente afirmam: “Ah! Garotinho você também não fez nada pelo salário dos policiais”. Já respondi várias vezes, mas como a resposta fica nos comentários, a maioria dos leitores nem sempre toma conhecimento.
Por isso quero aqui dizer que me sinto à vontade para tocar nesse assunto, porque nenhum governador deu o aumento, que eu concedi à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros, que foi em torno de 59%, com o retorno do escalonamento vertical, que não era cumprido, desde o primeiro governo Brizola. E é importante frisar que não fiz como Cabral e outros governadores de diversos estados fazem que é dar aumentos que não atingem os inativos. O escalonamento vertical, antiga reivindicação das corporações atingiu o pessoal da ativa e os inativos que deram tudo de si pela população e não merecem ser esquecidos.
É claro que gostaria de ter podido dar mais, policiais e bombeiros mereciam mais, algumas reivindicações eram justas, mas atendi o que foi possível dentro da realidade financeira da época. Mas tenho a consciência tranqüila de que não maltratei nem policiais, nem bombeiros como faz Cabral, que paga os piores salários entre todos os estados da federação. E vem tentando amenizar a situação com o pagamento de “bolsas” que vêm do governo federal, mas que só beneficiam alguns policiais e bombeiros, não são pagas regularmente, chegam a atrasar dois meses, e pior, se o policial ou bombeiro se ferirem e tiverem que ficar afastados do serviço perdem direito a tudo.

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