sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Plano de uma geração sem Aids vira meta da ONU e do governo americano

Seria possível ver nascer no planeta Terra uma nova geração livre da Aids? Pois é exatamente esta a nova meta que entidades de assistência de saúde e governos de vários países começam a debater, especialmente no âmbito das agências da Organização das Nações Unidas (ONU). A geração "Aids-free" seria resultado de uma ação global conjunta, que reúne esforços governamentais com a experiência de entidades mundiais, como o grupo Médicos sem Fronteiras, capazes de prestar assistência até mesmo em regiões de acesso difícil, como no interior da África.


A secretária de Estado Hillary Clinton entrou neste esforço mundial, traçando, pela primeira vez, a meta ambiciosa de investir mais dinheiro do orçamento americano em pesquisas sobre o vírus HIV e trabalhar no sentido de pressionar governos de países em desenvolvimento a fazer a sua parte.


O programa mundial rumo a uma geração livre da Aids tem três focos principais: propagar a cirrcuncisão masculina, deter a transmissão de mãe para filho (o que as drogas atuais já permitem) e promover a dobradinha "testar-e-tratar". O governo Obama, agora, parece ter outro foco: dar maior ênfase em doenças que custam menos para combater e salvar mais vidas. O discurso de Hillary Clinton é, por isto, uma novidade bem-vinda para organizações assistenciais, que estão em campo para tentar deter o avanço da doença.

O governo indiano anunciou também preços mais baixos para medicamentos genéricos que fazem parte do coquetel contra o HIV, de modo a tornar o tratamento mais acessível em todo o continente africano.  A ONU e os diversos programas governamentais gastam hoje cerca de US$ 16 bilhões no combate à AIDS por ano. Se, em 2015, o número de infectados fosse drasticamente reduzido - ficando em apenas 15 milhões de pessoas, menos da metade dos 34 milhões atuais - o custo de tratamentos aumentaria para para US$ 23 bilhões.
 
 

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